(2) Fundamentos histórico-culturais da atividade co-laborativa [5] Vygotsky toma o trabalho como categoria "central" numa perspectiva proximodistal (do centro para a periferia) para explicar as origens sociais e o desenvolvimento histórico da cultura . Em outras palavras, para ele, sem o trabalho de intervenção e/ou transformação do/no mundo natural (que implica necessariamente a "conversão" do ser biológico em um novo ser - cultural - tipicamente humano) não pode, em nenhuma hipótese, haver cultura ; Vygotsky não nos parece adotar uma posição "etnocêntrica" por "centralizar" a categoria marxiana trabalho nem tampouco quando distingüe as formas "inferiores" e "superiores" de funcionamento mental. O que ele enuncia discursivamente, em nosso entendimento, é a especificidade cultural e sócio-histórica da linguagem verbal e o seu impacto no funcionamento do psiquismo humano. Trata-se da "superioridade" tanto em relação à localização orgânica (o córtex cerebral) destas funções quanto aos limites concretamente impostos pelo campo perceptivo que informa o pensamento prático e a comunicação baseada exclusivamente na linguagem conativa ou pré-intelectual (intuição empírica) do sujeito. Para um maior esclarecimento do ponto de vista defendido aqui consultar JAPIASSU, Ricardo (2004) A arte na educação de crianças, jovens e adultos - alocução pronunciada em mesa redonda homônima durante a SBPC Cultural "Cultura e Natureza" . Cuiabá: UFMT/56ª RA da SBPC Ciência na Fronteira: Ética e Desenvolvimento, 18 a 23 de julho. [on-line]
Disponível na internet via www.
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