4. Considerações sobre uma vivência nos ambientes TelEduc e Moodle

No que concerne às Comunidades de Aprendizagem, verifica-se que elas favorecem as interações sociais, pois permitem aos sujeitos vivenciar relações para além das suas comunidades locais, exigindo destes inter-relações colaborativas, estimulando também a construção do conhecimento através dessa proposta de aprendizagem em rede. Sendo assim, pensamos que não se deve explorar as potencialidades positivas desses espaços de comunicação apenas no plano econômico, político e/ou sócio-cultural, mas também para realizar mudanças qualitativas em múltiplas direções, como no caso da Educação a Distância (OKADA, 2003).

Dessa forma, tendo em vista a construção do conhecimento no ciberespaço, observamos o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem que ocorre nos cursos de educação a distância em ambientes virtuais de aprendizagem. Decidimos, assim, por destacar uma breve análise da nossa participação em cursos online, nos ambientes TelEduc e Moodle, experiência vivida pelos alunos e pelos formadores desses cursos. Tais experiências basearam-se na construção de conhecimento através da formação tanto de Ambientes quanto de Comunidades Virtuais de Aprendizagem voltados para Educação a Distância.

No que se refere aos cursos realizados no TelEduc, contávamos com encontros presenciais, CD-Rom com plugins e softwares necessários à concretização das atividades propostas, bem como com as ferramentas oferecidas pelo ambiente. Neste curso tivemos a prática de aluno online, com expectativas e curiosidade de quem vive uma nova experiência. Percebemos que foi preciso desenvolver características próprias dessa modalidade, sendo a principal a autonomia.

Analisamos que, como forma de estimular essa autonomia, a existência de verdadeiros ambientes interativos se tornou de extrema relevância, pois não objetivavam somente a transmissão do conhecimento, dando apenas, como responsabilidade ao educando, o dever de anotar tudo e decorar, mas, ao contrário, as atividades propostas no curso pediam a participação direta do aluno na construção do mesmo, oferecendo-nos uma vasta opção de elementos e ferramentas para livre manipulação, possibilitando significações e interpretações diversificadas, o que nos proporcionou trilhar de forma autônoma a construção do nosso conhecimento. Mesmo com toda a interatividade existente, nem todos os educandos foram capazes de terminar o curso ou terem uma participação total no mesmo, o que gerou um significativo nível de evasão, comprovando, assim, que a prática do estudo online requer um alto nível de interesse e esforço, já que o professor é caracterizado como mediador na construção do conhecimento e não como mero transmissor.

Já no ambiente Moodle foi dado destaque à formação dos professores/mediadores, para atuarem em cursos a distância desenvolvidos nessa mesma plataforma. Percebemos, aqui, que as múltiplas possibilidades do ambiente também requerem um perfil próprio de professor, com características de mediador do conhecimento, mais do que um monitor em informática ou professor especialista.

Enfim, todos os limites e todas as possibilidades das Comunidades Virtuais de Aprendizagem aqui descritos e analisados requerem um estudo mais aprofundado, pois, apesar desta temática ser recente, ela esta constantemente sendo ressignificada e ampliada através do aperfeiçoamento das ferramentas interativas, da atuação dos sujeitos e das relações humanas desenvolvidas no ciberespaço. Isso demonstra, cada vez mais, a importância do estudo para a construção do perfil de sujeitos e profissionais participativos na sociedade contemporânea e para a composição de práticas mais interativas de construção do conhecimento nos Ambientes e Comunidades Virtuais.

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1. Um passeio no ciberespaço: conhecendo os AVAs

2. Percepção da interatividade e ferramentas interativas (em espaços virtuais)

3. Visão de comunidade

4. Considerações sobre uma vivência nos ambientes TelEduc e Moodle

5. Referências.