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A emergência de novos espaços de aprendizagem que se configuram a partir da regulamentação da modalidade de Educação a Distância através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96 e em especial aqueles que utilizam o ambiente da Web como seus locus de aprendizagem, dando origem ao Ensino online, resgatam e atualizam a discussão sobre avaliação. Principalmente, por que essas práticas, terminam realizando meras transposições dos cursos presenciais para ambientes que exigem uma configuração diferenciada.

Diferenciada por que os sujeitos que buscam os cursos on-line tem um perfil distinto dos nossos alunos dos cursos presenciais. Escolhem ou são encaminhandos para os cursos nessa modalidade (encaminhados, por que as secretarias de educação como objetivo de atender a exigência do artigo da LDB 9394/96 vem organizando turmas para dá conta do processo de formação dos seu professores através de parcerias com universidades públicas e privadas na modalidade EAD), por causa da falta de tempo ou por estarem em regiões que não tem acesso a determinados cursos de formação, tem a crença ilusória de que serão cursos mais fáceis, já que não terão o compromisso de diariamente estar em uma sala de aula. Ilusória, por que os alunos que entram pela primeira vez em um curso on-line não tem idéia do quanto a sua capacidade de ser autônomo e autor será exigida. Desconhecem a dinâmica das atividades que exigem semanalmente leituras e sistematização das idéias, compartilhando os seus saberes e inferindo nos conhecimentos e dados apresentados pelos outros.

Ao se defrontarem com esta configuração, podem adotar comportamentos diferenciados, a exemplo de: evadir por não conseguir acompanhar a dinamicidade do processo, por se sentirem expostos, defrontados com um não saber, participar compulsivamente das atividades propostas sem atentarem para os objetivos estabelecidos, caracterizando uma postura que podemos denominar de “muito barulho por nada”, por acreditarem que serão avaliados apenas pelo aspecto quantitativo, isto é, número de participações e finalmente tornam-se silenciosos virtuais ou voyers virtuais, observam o que acontecem sem interferir.

Além dessas possíveis posturas, um outro aspecto que não pode ser esquecido é formatação dos ambientes virtuais de aprendizagem existentes. Atualmente, os mais utilizados pelas instituições de ensino superior são AulaNet , Teleduc , Learning Space e mais recentemente o Moodles . Ambientes que oferecem instrumentos distintos de aprendizagem e avaliação que são selecionados e utilizados de acordo com a concepção de educação, de aprendizagem e de avaliação do professor que está coordenado as atividades.

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